O preço do gás de cozinha no Pará segue em alta e pode sofrer novo reajuste a partir de setembro. Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), o valor médio do botijão de 13 quilos já alcança R$ 120 em Belém.
Nos últimos 12 meses, o preço do produto subiu 5,5% no estado, com média atual de R$ 112,49. O último reajuste foi registrado em maio. Desde então, os preços permaneceram estáveis, mas a previsão é de aumento entre R$ 4 e R$ 7 no próximo mês, segundo o Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás do Pará (SEGARP).
De acordo com o presidente do sindicato, Paulo Soler, o acréscimo está relacionado ao aumento nos custos de transporte e distribuição.
O Pará ocupa a 10ª colocação no ranking nacional de estados com o gás mais caro. O valor do botijão varia entre R$ 104,99 e R$ 120, enquanto a média nacional é de R$ 107,89. Na Região Norte, a média é ainda maior: R$ 118,19. Em Roraima, o botijão pode custar até R$ 156.
Soler destaca que os preços variam conforme o tipo de transporte. Em estados que utilizam transporte rodoviário, os valores tendem a ser mais altos. Em Belém, onde o gás chega por via marítima, o custo é menor, mas ainda elevado. Em cidades do interior, como Marabá, o botijão pode ultrapassar os R$ 135, devido ao frete.
Outro ponto de preocupação é o mercado informal. O SEGARP alerta para o número crescente de revendas clandestinas na Região Metropolitana de Belém, que comercializam o produto sem nota fiscal e fora das normas de segurança. O sindicato afirma que vem encaminhando denúncias aos órgãos competentes para fiscalização.
O Dieese também aponta o impacto do preço do gás sobre a renda das famílias. Para quem recebe um salário mínimo, o custo do botijão pode representar até 10% do orçamento mensal, o que agrava a situação econômica de muitos lares no estado
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Com Informações: Para Web News
