MARABÁ (PA) – Na tarde deste domingo (11), a educação pública perdeu uma de suas referências, pois a conhecida professora Teresinha Maravilha Santis, de 72 anos, faleceu, por volta de 14h, no Hospital Municipal de Marabá (HMM), vítima de complicações do diabetes, em Marabá, no sudeste do Pará.
De acordo com parentes da idosa, Teresinha Maravilha, como a educadora era conhecida, viajou para o estado do Maranhão para participar de um festejo do Divino Espírito Santo, mas sentiu-se mal, foi levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde foi medicada e a idosa retornou para Marabá. O diagnóstico da causa da morte da septuagenária não foi divulgada pelos familiares de Teresinha Maravilha.
Na sexta-feira (9), Teresinha Maravilha voltou a se sentir mal da saúde e foi levada às pressas para Hospital Municipal de Marabá. Como seu estado de saúde inspirava cuidados de média e alta complexidade, ela foi regulada pela equipe médica para o Hospital Regional do Sudeste do Pará (HRSP), porém o leito demorou a ser disponibilizado, a educadora não resistiu e foi a óbito para tristeza de familiares e amigos.
Vida dedicada à educação
Teresinha Maravilha Santis nasceu em 6 de fevereiro de 1952, na Velha Marabá. Criada por pais adotivos, seu nome de batismo e o sorriso espontâneo renderam-lhe o reconhecimento pelo sobrenome “Maravilha” entre colegas de profissão. Aos 18 anos, conheceu seu marido, João Carlos de Oliveira Santis, com quem teve 11 filhos e cinco netos. O casamento, que durou mais de meio século, tornou-se uma referência de união para toda a família Santis.
Teresinha Santis se destacou na área da educação. Desde a infância, manifestou interesse pela profissão de professora, o que se concretizou ao longo dos anos. Ela estudou no Colégio Plínio Pinheiro e, mais tarde, retornou à instituição como educadora, onde se aposentou. Formada em Pedagogia pela Universidade Federal do Pará (UFPA), foi aluna da primeira turma do curso, em 1987, e dedicou mais de três décadas ao ensino, após ser aprovada em concurso público do Estado do Pará.
Ao longo de sua carreira, Teresinha esteve envolvida em diversas lutas por melhorias nas condições das escolas e na remuneração dos professores. Ela também se destacou por sua dedicação aos alunos, afirmando nunca ter tido desgostos significativos em sala de aula. Seu carinho pela profissão e pela Escola Estadual Plínio Pinheiro, onde lecionou por muitos anos, marcaram sua trajetória como educadora.
“Maravilha” também foi diretora da Escola Estadual de Ensino Médio Walquise Viana, localizada no Núcleo São Félix. A professora trabalhou na antiga 4ª Unidade Regional de Ensino (4ª Ure) e exerceu diversos outras funções na educação pública de Marabá. A família ainda não confirmou o local do velório, porém ele deverá ocorrer no Salão Paroquial da Igreja São Félix de Valois, em frente ao Estádio Zinho Oliveira. (Portal Debate)
Fonte: As Informações são do Portal Debate Carajas