O Instituto Médico-Legal (IML) de São Paulo, a Polícia Federal e a Polícia Científica do Paraná compõe a força-tarefa para identificar os corpos das vítimas do voo 2883 da Voepass, que caiu em Vinhedo na tarde desta sexta-feira (9).
Todas as 62 vítimas do acidente já foram levadas ao IML Central, na capital paulista. Por enquanto, apenas dois corpos foram identificados: o piloto Danilo Santos Romano, de 35 anos, e o copiloto Humberto de Campos Alencar e Silva, de 61 anos.
Os tripulantes foram reconhecidos por um exame datiloscópico, que analisa as impressões digitais da pessoa.
Além disso, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo informou que as famílias precisam apresentar exames radiológicos, médicos ou odontológicos que tenham dos mortos.
Isso significa que, imagens de implantes dentais, próteses, aparelhos ortodônticos, placas e parafusos podem auxiliar no processo.
Veja como os órgãos intensificaram as ações para identificar as vítimas.
IML Central
Devido à tragédia, o instituto aumentou seu número de profissionais para cerca de 30 pessoas. Normalmente, o IML conta com 20 técnicos.
Fontes do órgão informaram que a capacidade média de identificação do IML é de 20 a 25 corpos por dia. Com o maior número de agentes trabalhando, o instituto deve identificar mais pessoas com mais rapidez.
Segundo a Defesa Civil do Estado de São Paulo, 22 famílias das vítimas estão hospedadas em um hotel no Tatuapé. Ao todo, são 56 pessoas.
Na manhã deste domingo (11), alguns familiares foram levados ao IML Central para identificar os corpos.
Polícia Federal
O perito criminal da Polícia Federal, Carlos Palhares, forneceu detalhes sobre o processo de identificação das vítimas do acidente aéreo.
Palhares explicou que existem três metodologias principais que permitem a devolução dos corpos às famílias: a impressão digital, a parte odontológica (análise da arcada dentária) e exames genéticos.
Rodrigo Sanfurgo, superintendente da PF, afirmou em entrevista neste sábado (10) que ainda não é possível determinar um prazo para a finalização dos trabalhos.
“É difícil falar em prazo. Nós não podemos falar em prazo. O que a Polícia Federal pode falar é que estamos trabalhando para a gente poder, de fato, identificar todas as vítimas.”
Polícia Científica do Paraná
A Polícia Científica do Paraná informou que já atendeu 26 famílias das vítimas do acidente do voo 2883 da Voepass.
A corporação montou um ponto de coleta de dados e amostras de DNA em um hotel de Cascavel, cidade de onde o avião decolou nessa sexta-feira (9). .
Ao todo, 15 pessoas já fizeram a coleta do material genético com swab oral. As amostras serão encaminhadas à Polícia Científica de São Paulo junto a documentações odontológicas e médicas.
Outros 14 servidores públicos, que trabalham com antropologia forense, foram deslocados ao local para reforçar o atendimento.
*Com informações de Carol Paes
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Fonte: CNN Brasil