O acidente doméstico sofrido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), neste sábado (19.10) provocou “um ferimento corto-contuso em região occipital”, segundo boletim divulgado Hospital Sírio-Libanês. Por causa disso, ele precisou cancelar a viagem que faria à Rússia nesta semana, para participar da Cúpula dos Brics, que será realizada de terça-feira (22.10) a quinta-feira (24.10).
Lula teria se acidentado no banheiro, enquanto estava sentado num banco fazendo os últimos preparativos para a viagem à Rússia. Ele teria caído para trás e batido a cabeça. Segundo a equipe médica do Sírio-Libanês, o presidente levou cinco pontos na região do ferimento, para fechar o corte.
Em nota divulgada neste domingo (20.10), o site da Presidência da República informou que ele está impedido, temporariamente, de fazer viagens de avião de longa duração. Lula participará da Cúpula por meio de videoconferência e terá agenda de trabalho normal essa semana em Brasília, no Palácio do Planalto.
O médico Roberto Kalil Filho, que lidera a equipe que acompanha Lula, disse em entrevista ao jornal O Globo que os exames no presidente apontam que ele teve “mínimos pontos de hematomas” no cérebro após um “forte trauma” na parte de trás da cabeça. Para o médico, é “pouco provável que esse hematoma evolua”.
Mas o que é “ferimento corto-contuso em região occipital”?
O “ferimento corto-contuso” é uma mistura de um corte com uma contusão, ocorrida após uma pancada ou um impacto. Geralmente, além da pele, alguns tecidos internos são afetados e gera sangramentos. Já a região occipital compreende a parte traseira do crânio, quase na fronteira com o pescoço e a nuca.
O termo hematoma se refere a um acúmulo de sangue, em sua maioria coagulado, que ocorre em alguma parte do organismo. Geralmente, é causado por um vaso sanguíneo rompido que foi danificado por uma cirurgia ou uma lesão, e pode ocorrer em qualquer lugar do corpo, incluindo o cérebro.
Na maioria das vezes, os hematomas são pequenos e desaparecem por conta própria, mas alguns podem precisar ser removidos por cirurgia.
Kalil Filho informou ao portal G1 que o quadro de Lula exige que exames sejam repetidos durante a semana para verificar como a lesão evoluiu e se há necessidade de alguma intervenção ou tratamento.
Além da necessidade de observação e repetição de exames, a duração do voo até Kazan, na Rússia, também contribuiu para necessidade de cancelamento da viagem, porque Lula precisaria ficar longas horas no avião. Segundo a Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido e um estudo da Universidade de Oxford, na Inglaterra, a pressurização da cabine pode gerar algumas alterações na circulação sanguínea e na pressão arterial.
Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, chefiará a missão brasileira que vai para o evento na Rússia.
Fonte: O Liberal
