A samaumeira localizada no entorno do Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém, começou a apresentar sinais de adoecimento, segundo imagens divulgadas recentemente pela jornalista Adelaide Oliveira. Em pleno inverno amazônico, período no qual essas árvores costumam estar cobertas por folhagens, é possível observar galhos secos, quebrados e indícios de apodrecimento, o que despertou a atenção da população e acendeu um alerta sobre a saúde dessa que é uma das árvores mais emblemáticas da capital paraense.
Com sua imponência natural e raízes profundas na identidade amazônica, a samaumeira do Hangar se destaca não apenas pelo porte, mas também pela resistência: a árvore já estava ali antes mesmo da urbanização da região, sendo considerada um símbolo vivo da memória ecológica de Belém. Para além de sua imponência física, a samaumeira carrega também um valor simbólico e espiritual para diversos povos da Amazônia. Em algumas tradições, ela representa o elo entre a terra e o céu, sendo vista como o eixo do mundo. Em outras, suas ramificações evocam a imagem dos grandes rios amazônicos e seus afluentes, fazendo da árvore uma metáfora viva da floresta.
A preocupação com o estado da samaumeira do Hangar remete diretamente ao trauma recente vivido pelos belenenses em 2023, com a queda da histórica samaumeira do Complexo Arquitetônico de Nazaré (CAN). O episódio foi vivido como um luto coletivo na cidade, dada a forte ligação afetiva e histórica entre a população e esses gigantes verdes da paisagem urbana.
Segundo informações da Prefeitura de Belém, atualmente há apenas 15 samaumeiras em espaços públicos da capital, além de duas localizadas em áreas particulares, porém próximas de vias públicas. Essas árvores estão distribuídas em diferentes pontos da cidade: três na Praça Santuário; uma na Praça Brasil; quatro no Portal da Amazônia; duas na Praça Batista Campos; duas na Praça da República; uma próximo ao próprio Hangar; uma no cruzamento da avenida Marquês de Herval com a Barão do Triunfo; uma no estacionamento do Arraial de Nazaré, perto da avenida Gentil Bittencourt; uma na travessa Alferes Costa, nas proximidades do Hospital de Clínicas; e uma última na avenida Almirante Barroso com a travessa Curuzu.
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Com Informações: Para Web News