Trilhos de trem são descobertos no Parque do Utinga e revelam parte esquecida da história de Belém

Trilhos de trem são descobertos no Parque do Utinga e revelam parte esquecida da história de Belém

Uma descoberta recente no Parque Estadual do Utinga, em Belém, está despertando o interesse de historiadores e curiosos: trilhos antigos de trem foram encontrados na área verde e, segundo especialistas, podem ser parte da antiga Estrada de Ferro Belém-Bragança (E.F.B.B.), uma das mais importantes obras de infraestrutura do período republicano no Brasil.

De acordo com voluntários que participam do mapeamento do local, cerca de 6 km de trilhos já foram identificados dentro do parque. O achado mais recente foi um trecho bem preservado que estava submerso em um igarapé, reforçando a hipótese de que o caminho férreo cruzava a região — hoje totalmente tomada pela vegetação.

A importância histórica da Estrada de Ferro Belém-Bragança

A Estrada de Ferro Belém-Bragança começou a ser construída em 1883, ainda durante o Império, com o objetivo de ligar Belém ao interior do Pará, facilitando o transporte de pessoas e produtos agrícolas, especialmente o cacau e a castanha. A obra foi concluída em 1908, no início da República, e chegou a ter mais de 270 km de extensão, conectando a capital paraense à cidade de Bragança, no nordeste do estado.

Durante décadas, a ferrovia foi essencial para o desenvolvimento econômico e urbano da região, impulsionando povoados, permitindo o escoamento de mercadorias e integrando áreas que antes eram isoladas. Muitos municípios paraenses cresceram ao redor de suas estações, e parte da malha férrea também foi aproveitada para linhas de bondes urbanos em Belém.

Entretanto, com a expansão das rodovias e o declínio do transporte ferroviário no Brasil ao longo do século XX, a Belém-Bragança entrou em desuso. O último trecho foi desativado em 1965, e grande parte de sua estrutura foi abandonada ou coberta pela vegetação.

Resgate da memória ferroviária

A descoberta dos trilhos no Parque do Utinga reacende o debate sobre a preservação da memória ferroviária paraense. Para historiadores, a iniciativa pode render importantes pesquisas sobre a urbanização e a economia da Amazônia no início do século passado, além de abrir caminhos para projetos de turismo histórico e educação patrimonial.

Moradores e voluntários que participam da busca esperam que o governo do estado, em parceria com instituições acadêmicas, realize estudos mais aprofundados sobre o material encontrado — e que, quem sabe, trechos da antiga ferrovia possam ser restaurados ou transformados em espaços de visitação e memória.

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Com Informações: Para Web News

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