O Hamas deve entregar três reféns israelenses neste sábado (8) em troca de prisioneiros palestinos como parte de um acordo de cessar-fogo que visa abrir caminho para o fim da guerra de 15 meses em Gaza.
Ohad Ben Ami e Eli Sharabi, ambos feitos reféns do Kibutz Be’eri durante o ataque liderado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, e Or Levy, sequestrado no festival de música Nova, serão libertados neste sábado, informou o Hamas.
Em troca, Israel soltará 183 presos palestinos, incluindo 18 pessoas cumprindo penas perpétuas, 54 cumprindo penas longas e 111 detidos em Gaza durante a guerra, disse o escritório de mídia do grupo palestino.
A troca deste sábado é a mais recente de uma série que até agora retornaram 13 reféns israelenses, bem como cinco trabalhadores tailandeses sequestrados durante o ataque do Hamas e 583 presos palestinos.
O cessar-fogo de 42 dias e troca de reféns por prisioneiros, elaborado com o apoio dos EUA e mediação do Egito e do Catar, se manteve desde que entrou em vigor há quase três semanas.
Mas os temores de que o acordo possa fracassar antes que todos os reféns sejam libertados aumentaram desde o apelo surpresa do presidente dos EUA, Donald Trump, para que os palestinos sejam retirados de Gaza e que o enclave seja entregue e desenvolvido pelos Estados Unidos.
Estados árabes e grupos palestinos rejeitaram a proposta, que os críticos disseram que equivaleria a uma limpeza étnica.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, no entanto, acolheu a intervenção de Trump e seu ministro da defesa ordenou que os militares fizessem planos para permitir que os palestinos que desejassem deixar Gaza o fizessem.
Sob o acordo, 33 crianças, mulheres e homens mais velhos israelenses serão libertos durante uma fase inicial em troca de centenas de prisioneiros palestinos.
Negociações sobre uma segunda fase começaram esta semana visando a devolução dos reféns restantes e uma retirada total das tropas israelenses de Gaza em preparação para um fim definitivo da guerra.
Homens armados liderados pelo Hamas atacaram Israel em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas e capturando mais de 250 como reféns.
Em resposta, Israel lançou uma guerra aérea e terrestre em Gaza que matou mais de 47.000 palestinos, de acordo com autoridades de saúde de Gaza, e devastou o enclave.
Com Informações: CNN Brasil