A Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém, receberá a Aldeia COP, espaço que servirá como acampamento para povos indígenas de diversas regiões do Brasil e do mundo durante a COP30, prevista para novembro de 2025. A estrutura temporária terá capacidade para abrigar mais de 3 mil pessoas e funcionará como ponto de encontro para debates e atividades voltadas às mudanças climáticas e à proteção de territórios tradicionais.
O anúncio foi feito pela ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, durante a quinta reunião da Comissão Internacional de Povos Indígenas. Segundo ela, está sendo solicitada à presidência da conferência a liberação de 500 credenciais para indígenas brasileiros e 500 para representantes de outros países, todos com acesso à Zona Azul do evento. A previsão é que, somando os participantes da Zona Verde e da Cúpula dos Povos, cerca de 3 mil indígenas estejam presentes em Belém.
A hospedagem na Aldeia COP exigirá envio prévio de listas de participantes à Comissão Internacional de Povos Indígenas, responsável pela articulação com a organização da COP30. A iniciativa busca garantir presença representativa e participação ativa nos debates, com interações diretas com lideranças e instituições internacionais.
Entre os confirmados, devem participar delegações de países da bacia amazônica, como Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Suriname, Guiana, Guiana Francesa e Venezuela. Os grupos pretendem destacar ameaças aos territórios e reforçar o papel dos povos indígenas no enfrentamento da crise climática.
A reunião desta sexta-feira também discutiu integração com grupos de trabalho da conferência, incluindo os de Finanças e de Balanço Ético Global, além de estratégias para uso de tecnologias digitais no acompanhamento e na participação remota dos debates.
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Com Informações: Pará News Web