A Praça do Relógio, um dos cartões-postais de Belém e localizada no coração do centro histórico, vive hoje uma realidade de abandono e insegurança. Entregue à população em 2020, após obras de revitalização, o espaço rapidamente voltou a sofrer depredações e perdeu o brilho que já atraiu gravações de programas de TV e apresentações de artistas como Banda Calypso e Marília Mendonça.
Atualmente, a praça é ocupada por dezenas de pessoas em situação de rua, muitas delas fazendo uso de drogas em plena luz do dia. Barracas improvisadas, lixo espalhado e até a presença de urubus compõem um cenário de degradação que preocupa moradores e comerciantes da região.
Com as obras de preparação para a COP 30, usuários que antes ocupavam áreas mais isoladas do centro histórico migraram para a Praça do Relógio, localizada a poucos metros do Mercado do Ver-o-Peso, do Forte do Castelo, da Assembleia Legislativa e da sede da prefeitura de Belém. A cena, descrita por frequentadores como “caótica” e “desoladora”, expõe problemas sociais e de segurança pública que seguem sem solução.
Quem gravou um vídeo recente mostrando a situação do local fez um desabafo contundente:
“Na Praça do Relógio, em Belém, o cenário se repete há anos: o número de pessoas em situação de rua cresce, a degradação se agrava e as promessas de solução seguem sem efeito prático. A prefeitura diz agir, mas onde está a efetividade? Por que essas pessoas não são acolhidas de forma real, com desintoxicação, requalificação e reintegração? Quantas delas não carregam traumas profundos, abusos na infância e distúrbios psicológicos? Continuar fingindo que viver nas ruas, consumindo drogas todos os dias, é ‘normal’ é desumano. Isso não é apenas ‘vício’, é doença, e precisa ser tratado com urgência, inclusive com internação compulsória, se necessário. Ignorar é compactuar.”
Até o momento, a prefeitura não se pronunciou oficialmente sobre a situação.
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Com Informações: Para Web News