Voo com brasileiros deportados dos EUA chega a Fortaleza

Voo com brasileiros deportados dos EUA chega a Fortaleza

Um voo com 111 brasileiros deportados dos Estados Unidos chegou em Fortaleza na tarde desta sexta-feira (7). A deportação ocorre em meio a um aumento no número de brasileiros repatriados pelas autoridades americanas.

A informação da chegada foi confirmada pelo Itamaraty à CNN.

Diferente do ocorrido em janeiro, os deportados não estavam algemados.

O grupo de brasileiros saiu de Alexandria, na Louisiana, com uma parada técnica em Porto Rico, antes de prosseguir para Fortaleza. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que um diplomata do Consulado-Geral em Houston acompanhasse o embarque dos brasileiros.

Os repatriados serão levados ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, localizado em Confins (MG), que é o destino final da operação. A Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizará uma aeronave para o último trajeto da repatriação.

Anteriormente, o plano inicial era que o avião parasse em Belo Horizonte (MG), conforme o primeiro, que teve 88 brasileiros deportados.

A medida, porém, foi alterada a pedido da Presidência da República para evitar que os brasileiros fiquem algemados já dentro do Brasil, como no voo passado.

Este será o segundo grupo que retorna desde o início da gestão de Donald Trump à frente da Casa Branca. O presidente dos Estados Unidos adotou o procedimento de algemar todos os deportados durante o voo de volta à nação dos imigrantes, mesmo os que não cometeram crimes.

Na chegada do primeiro voo no Brasil, em 24 de janeiro, as autoridades brasileiras foram surpreendidas com o processo de algemar os imigrantes, além de relatos de abusos e condições precárias enfrentadas pelos deportados.

Assim que pousou em Manaus (AM), o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, determinou a retirada dos itens.

Em nota, o Ministério da Justiça afirmou que a tentativa de manter o grupo algemado foi um “flagrante desrespeito aos direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros”.

Já o Ministério das Relações Exteriores (MRE) considerou “inaceitável” o episódio e diz que os brasileiros foram tratados de forma “degradante”. Segundo a autoridade brasileira, essa situação viola um acordo firmado com o país norte-americano em 2018.

*Com informações de Elijonas Maia e João Rosa

Com Informações: CNN Brasil

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