O dossiê destaca que, pelo 16º ano consecutivo, o Brasil continua sendo o país que mais mata pessoas trans no mundo (veja mais abaixo o número de casos nos últimos 10 anos e o perfil das vítimas).
As mortes de Bianca Castyel, Luane Costa da Silva, Naira Victória Neris, Neuritânia Pacheco, Santrosa, Amanda Eduarda, Wevellyn Marcelly, Jhenifer Luiza, Daniela e Jullyane Alexsandra estão entre os casos registrados (veja fotos acima).
Segundo a presidente da Antra, Bruna Benevides, o dossiê é uma ferramenta de denúncia, monitoramento e memória, além de qualificação de dados e informações. Bruna diz que a pesquisa auxilia na elaboração de políticas públicas e proporciona um debate para a erradicação da violência.
“O dossiê é uma denúncia gritante de que a sociedade tem falhado com a comunidade trans, que precisa assumir portanto compromisso na defesa da garantia da vida para nossa comunidade”, diz Bruna Benevides.
Dos assassinatos em 2024:
Veja os números de mortes por estado e o Distrito Federal, segundo a Antra:
A presidente Bruna Benevides observa que os estados que possuem maior número de mortes são, geralmente, aqueles que possuem maior dificuldade de implementação de políticas públicas que assegurem direitos à comunidade trans e travesti.
“Geralmente vem de administrações que não têm dado a devido atenção a esses números”, diz Bruna Benevides.
A presidente ainda destaca a importância de pensar uma política específica para enfrentar esses assassinatos. “Caso contrário, a resposta que fica dos estados é que eles não reconhecem este problema, não reconhecem os assassinatos de pessoas trans como algo importante e que, por consequência, faz com que eles não destinem recursos diversos”, fala a presidente.
“Esse processo de vulnerabilização, marginalização e empobrecimento acaba colocando essas pessoas em maior risco de exposição a essas violências”, diz Bruna Benevides.
Segundo a Antra, o Distrito Federal registrou um assassinato de pessoa trans em 2024. O caso é referente à morte de Rafaela Lorena Soares da Rocha, que foi encontrada morta na noite de 10 de dezembro dentro da penitenciária Papuda, na ala destinada às custodiadas transgênero.
Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape), a morte de Rafaela foi registrado na 30ª Delegacia de Polícia de São Sebastião e o caso está sob investigação da Polícia Civil.
A presidente da Antra destaca a necessidade de ações para o combate à violência contra travestis e transsexuais, entre elas:
(Fonte:G1)
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