Pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) estão desenvolvendo um projeto inovador que utiliza caroço de açaí e amido de mandioca para criar embalagens biodegradáveis. A iniciativa, chamada “Bioembalagens da Amazônia”, tem apoio da Fapespa, Uepa, Senar e Fadesp, e faz parte de uma série de ações sustentáveis que o Pará apresentará como vitrine durante a COP 30, que acontecerá em Belém.
Com foco na redução do impacto ambiental causado pelo plástico, o projeto transforma resíduos típicos da agroindústria paraense em alternativas sustentáveis, valorizando a bioeconomia local. O uso do açaí — fruto símbolo da região — e da mandioca, base alimentar de milhares de famílias, garante ao projeto forte conexão cultural e socioeconômica com o território amazônico.
“A ideia é substituir embalagens derivadas de petróleo por produtos biodegradáveis produzidos com matérias-primas locais. Isso fortalece as cadeias produtivas da Amazônia e ainda combate o descarte de plástico nos oceanos”, explica o coordenador do projeto, professor José de Arimateia Rodrigues.
Além de contribuir para a preservação ambiental, o projeto também forma profissionais e pesquisadores: já envolveu 13 alunos de graduação, além de estudantes de mestrado, doutorado e pós-doutorado. Os dados coletados também reforçam a urgência do problema: estudos da UFPA mostram que 98% dos peixes analisados na região amazônica apresentam microplásticos em seus organismos.
A pesquisa está alinhada às políticas ambientais do Governo do Pará, como o Plano Amazônia Agora e o Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio), e atende a vários Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
Com Informações: Para Web News
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