Gasolina e diesel atingem maior defasagem desde janeiro com alta do petróleo

NICOLA PAMPLONARIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A disparada da cotação do petróleo nos últimos dias elevou a defasagem no preço interno do diesel a níveis de janeiro de 2025, pouco antes do primeiro reajuste feito no ano pela Petrobras. O mercado, porém, não espera que a estatal eleve seus preços por enquanto.

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Na abertura do mercado desta segunda-feira (23), o preço do diesel no país estava R$ 0,58 por litro abaixo da paridade de importação calculada pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). Nas refinarias da Petrobras, a defasagem era de R$ 0,61 por litro.

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São os maiores valores desde o dia 22 de janeiro, dez dias antes de aumento de R$ 0,22 por litro no preço do combustível vendido pelas refinarias da estatal. Foi o primeiro de quatro ajustes no ano -os outros três foram reduções.

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No caso da gasolina, a defasagem é menor, de R$ 0,24 por litro, em média, e R$ 0,26 nas refinarias da Petrobras. Ainda assim, também é o maior valor desde o fim de janeiro. O produto costuma ficar mais caro no mercado internacional nesta época do ano, já que a demanda do mercado americano cresce nas férias de verão.

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Na semana passada, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que a empresa esperaria antes de promover ajustes em seus preços, para evitar repassar ao consumidor volatilidades geradas pelo cenário geopolítico.

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"O cenário de petróleo alto tem cinco dias, é bem recente", disse ela na quarta (18). A Folha apurou que a avaliação da cúpula da empresa ainda é a mesma.

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A entrada dos Estados Unidos na guerra entre Israel e Irã, porém, elevou o risco de interrupção do fluxo de combustíveis no canal de Hormuz, que movimenta cerca de um quarto do consumo global de petróleo, jogando maior pressão sobre as cotações internacionais.

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A cotação do petróleo Brent chegou a atingir o maior valor em cinco meses na abertura do mercado desta segunda na Ásia, mas recuou um pouco.

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"Após os sinais da Casa Branca de que uma ofensiva não é iminente, o Brent devolveu parte dos ganhos na sexta-feira. Ainda assim, caminha para a terceira semana consecutiva de alta, reacendendo preocupações sobre o impacto do choque de energia na inflação", escreveu nesta segunda Étore Sanches, da corretora Ativa.

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Analistas do banco UBS dizem esperar que, mesmo ainda sem decisão do aiatolá Ali Khamenei sobre fechamento do canal de Hormuz, os mercados precifiquem um prêmio de risco para o petróleo no curto prazo.

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Por um lado, petróleo mais caro beneficia o Brasil, hoje um grande exportador, já que tem impacto positivo sobre a balança comercial e a arrecadação de impostos e taxas cobradas sobre a produção. Ajuda também as petroleiras com operação no país e pode garantir dividendos adicionais da Petrobras.

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"É um horror dizer que uma guerra é uma coisa positiva, mas é uma realidade. Hoje, o Brasil é um país que não tem nenhuma instabilidade geopolítica e produz bastante petróleo", comentou nesta segunda o presidente da petroleira independente Prio, Roberto Monteiro.

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Por outro lado, joga pressão sobre a política de preços da Petrobras. "Petróleo caro é definitivamente bom para a Petrobras, mas talvez preços 'muito caros' possam desafiar a execução da política de preços, o que preocupa alguns investidores", escreveram analistas do banco Itaú BBA.

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Fonte: Notícias ao Minuto

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