Uma jovem de 29 anos teve as pernas queimadas por uma Caravela-Portuguesa na Praia de Shangri-lá, em Pontal do Paraná (PR). O caso aconteceu em novembro de 2024, enquanto a jovem, que segue com as cicatrizes deixadas pelo animal, passeava com a família após 20 anos sem ir à praia.

À CNN, Brenda Gonçalves contou sobre o ocorrido e falou sobre o receio de voltar ao mar. “Só consigo comparar a sensação com um ferro quente na pele. Já quebrei o dedo, queimei a mão com ferro, cortei, mas nada se assemelha à dor que foi isso. Quero voltar para a praia? Sim, mas não tão cedo e não sei se conseguirei entrar no mar novamente”, afirmou.

Brenda relatou que no primeiro dia de viagem, avistou algumas águas vivas mortas na areia, mas nada fora do comum. O acidente aconteceu no dia seguinte, quando ela e a cunhada decidiram ficar na parte rasa do mar, onde haviam algumas crianças brincando, até que elas viram algo diferente.

Quando a jovem olhou para trás, sua cunhada gritou que tinha algo queimando e foi então que as duas começaram a correr. Brenda afirmou que já conhecia o animal, e que quando percebeu, os tentáculos da caravela estavam à sua frente e ela já começou a sentir a ardência.

Confira o vídeo:

Saindo do mar, Brenda ainda estava com tentáculos em suas mãos, sua mãe e irmão tentaram puxá-los com os dedos, que começaram a queimar também.

Enquanto a jovem gritava de dor, um rapaz que estava no local derramou água gelada no local das queimaduras, erro comum para tentar amenizar os sintomas.

Brenda foi atendida pelo Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) e encaminhada para a unidade de saúde, onde precisou tomar quatro injeções e teve a perna enfaixada.

“Fui liberada com recomendação de voltar à unidade caso houvesse qualquer sintoma e evitar o sol, além de fazer uso da pomada antialérgica”, disse a jovem. Após o acidente, Brenda contou ter sentido dores a ponto de não conseguir colocar roupas em cima da perna.

Uma semana depois, já em Londrina (PR), a jovem precisou voltar para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com sintomas de coceira e tomou uma injeção antialérgica e soro com corticoide. Em seguida, foi liberada.

“Dois meses depois ainda tenho as marcas, não estão mais vermelhas, mas quando coloco shorts as pessoas vem perguntar oq aconteceu. Não tive mais sintomas, mas agora é estética”, disse a jovem.

• Ao sentir ardência ou visualizar a água-viva na água, saia imediatamente do mar
• Procure o posto de guarda-vidas mais próximo
• Não use água doce, urina ou outros líquidos no ferimento. A urina é contraindicada porque sua acidez pode aumentar a sensação de queimadura e causar infecções devido à presença de bactérias
• Lave apenas com água salgada
• Solicite vinagre no posto de guarda-vidas. O produto é cientificamente comprovado para aliviar os sintomas
• Conforme a gravidade, o guarda-vidas poderá acionar uma ambulância.

Com Informações: CNN Brasil