Por: Da Redação Publicado em 09/10/2025 17h40 Atualizado em 09/10/2025 17h49

Uma operação da Polícia Civil do Estado do Pará chocou a comunidade de Marabá na manhã desta quinta-feira (9). Agentes da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher e à Criança e ao Adolescente (DEACA) cumpriram dois mandados de busca e apreensão em uma residência e comércio no complexo Cidade Nova, como parte de uma investigação sobre um crime de estupro de vulnerável.

Os alvos da ação são um homem e a mãe dele, que não foram presos, ainda, e a Polícia tenta entender qual dos dois, ou se os dois, são os abusadores. O Correio de Carajás, embora tenha acesso, não divulgará, ainda, os nomes dos investigados, pois iria expor, por tabela, a vítima, que é outra filha mulher.

A investigação teve início após a DEACA receber uma denúncia anônima contendo informações e materiais de extrema gravidade. Segundo o denunciante, uma mulher estaria explorando sexualmente a própria filha, uma menina de apenas três anos de idade. Anexos à denúncia, foram enviados vídeos e imagens que mostravam uma criança sofrendo abusos sexuais contínuos, embora seu rosto não fosse visível.

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As diligências preliminares apontaram que o material chocante era compartilhado a partir de um número de telefone registrado em nome da própria investigada. Ao aprofundar a apuração, a polícia descobriu que o filho dela, que convive no imóvel, já possui antecedentes por violência doméstica.

Um detalhe crucial levantou novas suspeitas: a análise das conversas e do conteúdo divulgado indicava que o autor poderia ser um homem se passando por mulher, o que direcionou o foco para o filho.

A suspeita foi reforçada quando uma das imagens da denúncia mostrava comércio da família, uma mercearia, como local de residência do criminoso. Investigações posteriores confirmaram que o estabelecimento comercial pertence aos dois.

Com base nos fortes indícios, a DEACA solicitou à Justiça um mandado de busca e apreensão contra o homem. Paralelamente, o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) também recebeu novas denúncias que corroboravam o caso, mas apontavam a mãe como a principal suspeita, e solicitou um segundo mandado, que também foi concedido.

Na manhã desta quinta-feira, após um período de vigilância (campana), a equipe policial cumpriu as duas ordens judiciais no endereço da família. Durante a ação, dois aparelhos celulares foram apreendidos. Os dispositivos serão submetidos a uma perícia técnica para extrair provas que ajudem a elucidar completamente o caso.

A Polícia Civil informou que as investigações continuam em andamento para determinar a autoria dos crimes e garantir a responsabilização dos envolvidos neste ato gravíssimo.