‘Não vamos permitir que redes sociais transformem ambiente em carnificina ou barbárie digital’, diz Lula

Presidentes e ministros de Estado se reuniram nesta sexta-feira para discutir mudanças promovidas por Mark Zuckerberg, CEO da gigante da tecnologia

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião com seus ministros para abordar a recente decisão da Meta de descontinuar a checagem de fatos em suas redes sociais, incluindo Facebook e Instagram. Lula manifestou sua preocupação com a responsabilidade que a comunicação digital exige e ressaltou a importância de cada nação preservar sua soberania em relação a essas plataformas. “Eu acho que é extremamente grave as pessoas quererem que a comunicação digital não tenha a mesma responsabilidade de um cara que comete um crime na imprensa escrita”, afirmou Lula a jornalistas na manhã da quinta-feira, 9.

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“É como se um cidadão pudesse ser punido porque faz uma coisa na vida real e pudesse não ser punido porque faz a mesma coisa na digital.” Inicialmente, o presidente havia dito que a reunião seria na quinta. A assessoria da Presidência da República, no entanto, informou que o encontro entre integrantes do governo para tratar sobre a decisão da Meta será nesta sexta-feira. Lula disse que o que quer, “na verdade, é que cada país tenha sua soberania resguardada”. E ressaltou: “Não pode um cidadão, dois cidadãos, três cidadãos acharem que podem ferir a soberania de uma nação.”

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A Advocacia-Geral da União (AGU) também reagiu às mudanças anunciadas pela empresa. O ministro-chefe da AGU, Jorge Messias, afirmou que “em razão da ausência de transparência dessa empresa, nós apresentaremos uma notificação extrajudicial, e a empresa terá 72 horas para informar o governo brasileiro qual é de fato a sua política para o Brasil”.

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“Lembrando que o Brasil tem uma legislação muito rigorosa na proteção de crianças e adolescentes, na proteção de populações vulneráveis, na proteção do ambiente de negócio e que nós não vamos permitir de forma alguma que essas redes transformem o ambiente em uma carnificina ou barbárie digital”, completou.

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Na última terça-feira, a Meta anunciou mudanças profundas em suas políticas de moderação de conteúdo. Na prática, elas acabam com o programa de checagem de fatos da big tech, iniciativa adotada para reduzir a disseminação de desinformação nas redes sociais da empresa.

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Usuários

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Agora, em vez de contar com organizações independentes de checagem de informações, a Meta dependerá dos próprios usuários para acrescentar correções às publicações que possam conter informações falsas ou enganosas.

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Anteontem, na celebração em memória aos ataques golpistas às sedes dos três Poderes em 8 de janeiro de 2023, Lula afirmou que o governo brasileiro não vai tolerar fake news. Segundo o presidente, as desinformações colocam a vida de pessoas em risco e promovem ataques às instituições.

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“Não seremos tolerantes com os discursos do ódio e as fake news que colocam em risco a vida de pessoas e (levam) à incitação à violência contra o estado de direito”, disse o presidente da República. Assim como Lula, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), entre eles Edson Fachin e Alexandre de Moraes, se manifestaram contra a decisão da Meta.

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A nova política de moderação das redes sociais da big tech foi oficializada em português na quinta. A decisão só estava disponível em inglês. Partes do documento permitem que se faça no Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads – desde que de “forma satírica” – a livre associação de homossexuais e transgêneros a termos como “esquisito”. Esse trecho aparece na versão brasileira também.

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O Ministério Público Federal (MPF) informou, nesta quarta-feira, 8, que vai enviar um ofício à Meta para questionar as alterações na moderação de conteúdo. A cobrança ocorre dentro de um inquérito civil em andamento, desde 2021, sobre a responsabilidade de big techs no conteúdo publicado pelos seus usuários.

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Tradução

A Meta traduziu para o português mais normas, como a que libera a defesa de superioridade de gênero ou religião em detrimento de outros e a alegação de doença mental ou anormalidade baseada em gênero.

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Mais diretrizes que barravam publicações com linguagem excludente sobre imigração, homossexualidade e religião foram anuladas. Ou seja, com as novas normas, serão tolerados ataques a pessoas ou grupos, por exemplo, “com afirmações de que eles têm ou espalham coronavírus”.

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‘Raízes’

A flexibilização do discurso compartilhado por usuários acompanhou a dispensa dos checadores de fatos da big tech. Passa a ser responsabilidade da comunidade acrescentar correções às publicações que possam conter informações falsas ou enganosas. Mark Zuckerberg, dono da Meta, defendeu a atualização: “É hora de voltarmos às nossas raízes em relação à liberdade de expressão.”

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O novo presidente de Assuntos Globais da empresa, Joel Kaplan, argumentou que a medida eliminará regras excessivamente restritivas sobre temas de “frequente debate político”. O fim da política de moderação é mais um passo de aproximação entre Zuckerberg e o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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*Reportagem produzida com auxílio de IAPublicado por Fernando Dias

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Com Informações: Jovem Pan

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