A Blue Origin divulgou uma data estimada o lançamento da primeira missão do seu novo foguete gigante, o New Glenn, que deve decolar durante uma janela de três horas que terá início às 3h da madrugada desta sexta-feira (10), no horário de Brasília (1h da madrugada, no horário local).
O foguete gigante, criado pela empresa de Jeff Bezos em uma tentativa de rivalizar com a dominância da SpaceX, de Elon Musk, vai decolar do Complexo de Lançamento 36 na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida, EUA. Este será o primeiro voo do foguete após receber sua licença de lançamento espacial comercial da Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos, no final de 2024.
“Este é nosso primeiro voo e nos preparamos rigorosamente para ele”, disse Jarrett Jones, vice-presidente sênior do setor da empresa responsável pelo New Glenn, no comunicado que confirmou a data. “Mas nenhuma quantidade de testes em solo ou simulações de missão são substitutos para voar este foguete. É hora de voar. Não importa o que aconteça, aprenderemos, refinaremos e aplicaremos esse conhecimento em nosso próximo lançamento.”
Em sua primeira missão, chamada de NG-1, o New Glenn carregará uma carga útil no voo: um “demonstrador” que testará a tecnologia necessária para a nave espacial Blue Ring em desenvolvimento — que pretende servir como uma espécie de veículo de carona espacial, levando satélites para órbitas mais profundas quando necessário. O Blue Ring Pathfinder vai testar os principais sistemas de voo, solo e capacidades operacionais da nave.
Assim como a SpaceX, a Blue Origin também tentará guiar o propulsor do primeiro estágio do New Glenn de volta para um pouso seguro em uma plataforma marítima – batizada de Jacklyn em homenagem à mãe de Bezos – minutos após a decolagem.
O foguete New Glenn possui mais de 98 metros de altura e o primeiro estágio reutilizável visa alcançar o mínimo de 25 missões, retornando para pousar em uma plataforma marítima.
A reutilização parcial dos foguetes tem se mostrado essencial para que as empresas que tentam se lançar no mercado espacial reduzam os custos envolvidos por lançamento.
O New Glenn é movido por sete motores BE-4 da Blue Origin, o mais potente motor de combustão em estágios rico em oxigênio e alimentado por gás natural liquefeito (GNL) já feito. O segundo estágio do veículo é movido por dois motores BE-3Us, oxigênio líquido (LOX)/hidrogênio líquido (LH2).
Seu nome foi escolhido em homenagem a John Glenn, o primeiro norte-americano a orbitar a Terra.
O foguete, que tem a altura equivalente a um prédio de 30 andares, consiste em várias partes. O propulsor do primeiro estágio fornece o impulso inicial na decolagem. No topo do propulsor está um estágio superior que inclui um compartimento de carga protegido por um cone que abrigará tecnologia experimental para esta missão.
A Blue Origin anunciou formalmente o desenvolvimento do New Glenn – que visa superar a potência dos foguetes Falcon 9 da SpaceX e transportar naves espaciais de até 45 toneladas métricas para a órbita – em 2016. O veículo está muito atrasado, já que a empresa anteriormente tinha como meta 2020 para seu primeiro lançamento.
Atrasos, no entanto, são comuns na indústria aeroespacial. E o voo inaugural de um novo veículo quase sempre está significativamente atrasado em relação ao cronograma.
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Com Informações: CNN Brasil
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