Um novo estudo apresentado no início de maio no ARVO, maior congresso sobre retina do mundo, aponta que drusenoides, um tipo de depósito com alto teor de colesterol que se forma abaixo retina, além de representar e alto risco de DMRI (Degeneração Macular Relacionada à Idade), indica risco 5 vezes maior de desenvolver doenças cardiovasculares e AVC do que que os participantes com drusas.
O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, diretor executivo do Instituto Penido Burnier e membro do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) afirma que só foi possível chegar a esta conclusão porque na pesquisa todos os participantes foram acompanhados com Tomográfica de Coerência Óptica (OCT). O exame, explica, conta com avançado de sistema de imagens que fornece varreduras transversais de alta resolução da retina e por isso é a única ferramenta capaz de captar os drusenoides que se depositam abaixo da retina. “Exames de retina menos detalhados captam as drusas, depósitos de proteínas, gordura e cálcio que se formam sobre a retina conforme envelhecemos, mas nem sempre desencadeiam a degeneração macular”, pontua.
Queiroz Neto ressalta que por ficarem abaixo as retina e terem maior teor de colesterol, os drusenoides que bloqueiam a carótida, facilitam a neovascularização da retina e reduzem a perfusão do sangue que levando à perda da visão e outros problemas de saúde.
A pesquisa
Realizada em Nova Iorque, por pesquisadores do Hospital Mount Sinai a pesquisa reuniu126 pacientes com DMRI. Desses 62 apresentavam drusenoides e 64 drusas, Entre os que apresentavam drusenoides 66% tinham sido diagnosticados com doença cardíaca anterior ao estudo. Dos que não tinham doença cardíaca prévia só 11%desenvolveram drusenoides subretinianos, uma clara evidência da associação da alteração na retina com as condições cardiovasculares.
Grupos e sinais de risco
O oftalmologista ressalta que os principais grupos de risco de doenças na retina são: diabéticos, fumantes, altos míope, cardíacos, portadores de hiperlipidemia, quem tem casos na familiares e os maiores de 60 anos.
A maioria das doenças oculares passam despercebidas no início. Isso porque, a plasticidade de nosso cérebro faz com que nos adaptemos às pequenas mudanças.
Os sinais de alteração na retina enumerados pelo especialista são:
Prevenção
“Prevenir doenças na retina envolve além de atenção a fatores de risco, hábitos saudáveis e acompanhamento oftalmológico regular”, salienta . Embora algumas doenças tenham componente genético ou sejam inevitáveis com o envelhecimento, muitas podem ser retardadas ou controladas. As dicas de Queiroz Neto para manter a visão saudável são:
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