O que falhou? Juliana morreu após dias à espera de resgate na Indonésia

Juliana Marins, uma turista brasileira de 26 anos, foi encontrada morta na terça-feira (24), quatro dias depois de ter caído durante uma trilha no vulcão Rinjani, em Lombok, na Indonésia. Mas por que o resgate demorou tanto? O que falhou? Especialistas explicam.

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Segundo especialistas em montanhismo, guias experientes e outros viajantes que já fizeram a mesma trilha, diversas falhas graves podem ter contribuído para a morte da jovem brasileira — como a falta de exigência de equipamentos obrigatórios, abandono durante a caminhada, despreparo dos guias, terreno instável e clima extremo, além de um resgate lento e desorganizado, uso tardio e limitado de tecnologia e obstáculos diplomáticos e logísticos.

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Pessoas que já subiram o vulcão Rinjani, que tem cerca de 3.700 metros de altitude, relataram que não há obrigatoriedade de carregar itens básicos de segurança e proteção, como cobertor térmico, jaquetas ou luvas — o que pode ter agravado a situação de Juliana.

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A jovem caiu após ficar para trás reclamando de cansaço. Um montanhista explicou ao G1 que, em trilhas de "alto risco", o grupo deve sempre caminhar junto e sob a supervisão visual direta do guia.

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"A atitude do guia de se separar de um ou outro participante está errada. Se começaram em grupo, precisam terminar em grupo. Todos devem manter contato visual e se orientar pela pessoa mais experiente — que, nesse caso, era o guia", explicou a montanhista Aretha Duarte.O guia que acompanhava Juliana também foi alvo de críticas, com várias pessoas destacando que a “precariedade dos guias” na região é significativa.

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Além disso, o trajeto até o vulcão é formado por terreno instável e clima extremo, com muita chuva e frio intenso. Essas condições climáticas forçaram a suspensão das operações de busca e resgate várias vezes entre o sábado, dia da queda, e a terça-feira.

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Os especialistas também apontaram que o resgate foi lento e desorganizado, mesmo com um drone tendo localizado Juliana no mesmo dia da queda. Eles lamentaram que o pedido de socorro não tenha sido feito imediatamente.

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"O tempo pode fazer a diferença entre a vida e a morte. Se a equipe não tem condições de realizar o resgate imediato, é necessário acionar as autoridades locais, bombeiros, embaixada, seguro viagem...", frisou Aretha Duarte, que fez essa mesma trilha há 10 anos.No primeiro dia de resgate, uma das dificuldades foi a falta de cordas com comprimento suficiente para alcançar Juliana. Ela caiu a cerca de 300 metros da trilha, mas as equipes levaram cordas com apenas metade do tamanho necessário.

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Também houve crítica ao uso tardio e limitado de tecnologia. Apesar dos drones, as autoridades não conseguiram localizá-la a tempo.

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Entre os obstáculos diplomáticos e logísticos, o pai de Juliana viajou até a Indonésia para acompanhar as buscas, mas enfrentou atrasos devido ao fechamento do espaço aéreo no Catar, causado pelo conflito no Oriente Médio.

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O governo brasileiro tentou intervir e ofereceu apoio, mas a distância dificultou os esforços para acelerar o resgate.

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Quem era Juliana Marins?

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Segundo a imprensa brasileira, Juliana Marins tinha 26 anos e era formada em Publicidade pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Meses atrás, decidiu embarcar sozinha em uma aventura pela Ásia, passando pelas Filipinas, Vietnã, Tailândia e Indonésia, onde chegou no fim de fevereiro.

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Ela foi vista pela última vez às 17h10 do sábado (horário local) por um drone de outros turistas. Nas imagens, aparecia sentada após a queda. No entanto, quando as equipes chegaram ao local, já não a encontraram. Mais tarde, descobriu-se que ela sofreu uma segunda queda, ficando a mais de um quilômetro de distância do ponto inicial.

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Na terça-feira, a família anunciou que as equipes de resgate conseguiram chegar até Juliana Marins — mas, infelizmente, ela não resistiu.

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