O setor hoteleiro de Belém precisa pensar além da COP30

A COP30 será, sem dúvida, o maior evento internacional da história de Belém. Durante cerca de 15 dias, a cidade estará no centro das atenções do mundo, atraindo chefes de Estado, ambientalistas, empresários e milhares de visitantes. Para o setor hoteleiro, esse é um momento com potencial de lucro elevado. Mas aí está o erro de muitos: pensar apenas nos ganhos imediatos e ignorar o impacto de longo prazo que esse evento pode trazer — ou deixar de trazer — para a capital paraense.

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Os preços de hospedagem praticados atualmente em Belém já causam preocupação. Muitos relatos apontam valores impraticáveis, incompatíveis com a infraestrutura oferecida. O resultado disso é claro: insatisfação de organizadores e participantes, cancelamentos de reservas e, pior, a perda de eventos paralelos que poderiam ocorrer antes, durante e depois da conferência principal. A presidência da COP, por exemplo, já decidiu levar o Fórum de Prefeitos para o Rio de Janeiro, justamente por causa do alto custo da hospedagem em Belém.

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Essa decisão é um alerta grave. Significa que Belém está começando a perder oportunidades reais por conta da ganância e da falta de planejamento estratégico. O que deveria ser o início de um ciclo virtuoso de desenvolvimento do turismo e de consolidação da imagem da cidade como sede de grandes eventos pode acabar se tornando um grande fiasco.

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Vale a pergunta: será que vale a pena explorar ao máximo os visitantes durante 15 dias, correndo o risco de afastá-los definitivamente? Ou seria mais inteligente pensar em fidelizar essas pessoas, fazendo com que queiram voltar, investir e recomendar Belém como destino? O lucro fácil de hoje pode significar meses de prejuízo amanhã.

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E o impacto negativo não se restringe ao setor hoteleiro. Toda uma cadeia econômica está apostando na COP30: restaurantes estão investindo em reformas e novas unidades, motoristas de aplicativo estão financiando carros, empresas estão contratando e ampliando seus serviços. Se houver uma frustração generalizada por parte dos participantes, todo esse ecossistema entra em colapso. E o pior cenário — ainda possível — é a mudança da sede da COP30 para outra cidade, por falta de condições mínimas de hospedagem em Belém. Isso seria uma tragédia não só econômica, mas simbólica: a capital da Amazônia perderia a chance histórica de liderar o debate climático global.

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Belém precisa urgentemente repensar seu papel enquanto cidade-sede. O turismo é uma indústria com alto potencial de geração de emprego e renda. Mas para que isso funcione, é preciso criar um ambiente acolhedor, com preços justos, infraestrutura de qualidade e visão de longo prazo. Os empresários do setor precisam entender que o verdadeiro lucro está no relacionamento duradouro com os visitantes, não em explorá-los pontualmente.

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Pensar além da COP significa enxergar o evento como o início de uma transformação — não como uma oportunidade de enriquecimento imediato. É hora de parar de mirar só os 15 dias e começar a planejar os próximos 15 anos. Caso contrário, a COP30 pode passar por Belém como um furacão: gerando promessas, destruindo expectativas e deixando apenas prejuízos.

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Com Informações: Para Web News

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