O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou a Rússia, nesta quinta-feira (10), de trabalhar sistematicamente na China para recrutar soldados para lutarem na guerra na Ucrânia, dias após anunciar que as forças ucranianas capturaram dois combatentes chineses que lutavam por Moscou.
A China advertiu a Ucrânia, nesta quinta-feira, contra fazer comentários “irresponsáveis” após Zelensky afirmar que a inteligência ucraniana havia revelado que pelo menos 155 cidadãos chineses estavam lutando pela Rússia.
“Está muito claro que esses não são casos isolados, mas sim esforços sistemáticos da Rússia, em particular no território e dentro da jurisdição da China, para recrutar cidadãos daquele país para a guerra”, escreveu Zelensky na rede social X, referindo-se aos homens capturados.
We continue to investigate all the circumstances surrounding the involvement of Chinese citizens in the Russian occupation forces.
The Security Service of Ukraine is carrying out the necessary procedural actions with the POWs recently captured in the Donetsk region. At the same… pic.twitter.com/beLlin1Qut
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) April 10, 2025
O líder ucraniano postou imagens de um interrogatório com um deles, que a Reuters não pôde verificar de forma independente.
“Tudo o que for necessário deve ser feito para garantir que a Rússia não tenha oportunidades semelhantes para prolongar e expandir a guerra”, acrescentou Zelensky.
The first two captured Chinese citizens. Today, investigators from the Security Service of Ukraine spoke with them. We are working to establish all the facts regarding the involvement of these and other Chinese citizens being part of the Russian occupation army. Ukrainian… pic.twitter.com/PkBpBjI2Qm
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) April 9, 2025
O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, negou a alegação e descreveu Pequim como tendo “uma posição equilibrada”.
A China, que declarou uma parceria “sem limites” com a Rússia, tenta se posicionar como um ator nas tentativas de negociar o fim da guerra.
Não se sabe se ela ajudou diretamente na invasão em grande escala de Moscou na Ucrânia em 2022, mas se absteve de criticar o Kremlin.
Com Informações: CNN Brasil